sábado, 28 de janeiro de 2012

Revelação e libertação

Cafarnaum é o centro da atividade de Jesus na Galileia. Ali, acompanhado de seus discípulos, proclama a vinda do Reino. O evangelho deste domingo acontece na sinagoga da cidade. Frenquentes vezes, Jesus se encontrava no lugar onde ele é conhecido, o milagre torna-se um grande sinal e inaugura sua manifestação messiânica perante o povo. Antes de tudo ele é uma nova presença viva de Deus. A história da salvação é história de Deus que fala com seu povo. Viemos celebrar esta história, como irmão na esperança.
O Reino de Deus foi aberto ao excluídos da sociedade. Jesus é o profeta poderoso em obras. Ele celebra sua missão de salvador do Homem integral e reconstrói o mapa maravilhoso da criação original: a cura, o perdão, a vida nova que nos circundam e envolvem.
A missão do profeta é de origem divina e ele deve ser o porta voz fiel da mensagem que lhe foi confiada. São Paulo propõe total dedicação em qualquer estado de vida. Cristo, no evangelho, defini sua identidade, ensinando com autoridade, comprovada por seus milagres e é respeitado por todos por que é o filho de Deus

NELSON

terça-feira, 3 de janeiro de 2012



O amor de Deus marcou para sempre nossas vidas. Ele nos tirou das trevas e nos fez enxergar a luz da eternidade. Não há mais razão para ficarmos tristes ou vivermos amargurados se Deus está conosco e no meio de nós. Grande significado tem para nós, hoje, o dedo indicador de João: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29)

“Cordeiro de Deus” em latim é Agnus Dei, uma expressão utilizada pela religião cristã para se referir a Jesus Cristo, identificado-O como o Salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icônica cristã, é frequentemente representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de hoje, no qual João Batista diz de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
Os hebreus tinham o costume de matar um cordeiro em sacrifício a Deus para a remissão dos pecados. O sacrifício de animais era frequente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo. Na Bíblia é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus, teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais. O relato bíblico narra, contudo, que Deus não permitiu tal execução. A morte de Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, tornaria esses sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado perfeito, não tendo pecado e tendo nascido de uma Virgem por graça do Espírito Santo, semelhante a Adão antes do pecado original, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior ato de amor de Deus para a humanidade.
João Batista tem uma atuação fundamental no projeto de Deus realizado em Jesus. O batismo de João tinha características originais e sua proclamação foi tão marcante a ponto de torná-lo conhecido como “o Batista”. Enquanto as abluções de purificação com água, tradicionais entre os judeus, eram repetidas com frequência, o mergulho nas águas do batismo, com João, era feito uma única vez e tinha o sentido de sinalizar uma mudança de vida para um compromisso perene com a prática da justiça, visando o fortalecimento da vida. Jesus assume a proclamação de João dando-lhe um novo sentido de atualidade e eternidade, identificando-a com o projeto de Deus de conferir vida plena e eterna à humanidade. O Espírito sobre Jesus é a confirmação de Sua divindade e da divinização de toda a humanidade n’Ele assumida em todos seus valores e em toda sua dignidade. A presença de Jesus, Filho de Deus, entre nós renova a nossa vida e nos impele ao empenho na construção do mundo novo possível de justiça e paz.
Interpelado estou eu e está você também a ser este dedo a apontar para Jesus nos nossos dias. Hoje e agora, eu e você devemos ser a voz que clama e o dedo que aponta para Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.